terça-feira, 19 de maio de 2009

Santa Rita de Cássia

Está pertinho da comemoração de Santa Rita de Cássia.

Comemoração: 22 de maio


Santa Rita de Cássia é considerada a santa das causas impossíveis. Seus pais, apesar de muito pobres, conseguiram dar-lhe uma boa educação. Quando criança, já revelava grande devoção pela Virgem Maria, João Batista e Santo Agostinho. Seu desejo era de entrar na Ordem Agostiniana, mas, obedecendo às regras da época, seus pais a prometeram em casamento, o qual ela aceitou a contragosto. Permaneceu muitos anos casada ao lado de um homem chamado Paulo Ferdinando; este, no início, mostrou-se bom caráter, mas, com o tempo, foi se tornando infiel, violento e irascível. Com ele teve dois filhos gêmeos.

Filha única, foi mãe, viúva, religiosa e estigmatizada. Nasceu em Maio do ano 1381, um ano depois da morte de Santa Catarina de Siena.

A casa natal de Santa Rita está perto de Cássia, entre as montanhas, a umas 40 milhas de Assis, na Úmbria, região de centro de Itália que mais santos tinha dado a Igreja (São Benedito, Santa Escolástica, São Francisco, Santa Clara, Santa Ângela, São Gabriel, Santa Clara de Montefalco, São Valentim e muitos mais).

O matrimônio
Seus pais, sem ter aprendido a ler ou escrever, ensinaram a Rita desde menina tudo acerca de Jesus, a Virgem Maria e os mais conhecidos santos. Rita, igual a Santa Catarina de Siena nunca foi à escola para aprender a escrever ou a ler (A Santa Catarina foi dada a graça de ler milagrosamente por nosso Senhor Jesus Cristo), para santa Rita seu único livro era o Crucifixo. Ela queria ser religiosa durante toda sua vida, mas seus pais, Antônio e Amata, avançados em idade, escolheram para ela um esposo, Paolo Ferdinando, o que não foi uma decisão muito sabia. Mas Rita obedeceu. Quis Deus assim dar-nos nela o exemplo de uma admirável esposa, cheia de virtude, ainda nas mais difíceis circunstâncias. Depois de Matrimônio, seu esposo demonstrou ser bebedor, mulherengo e abusador. Quanto padeceu ela no longo período de 18 anos que viveu com seu esposo! Não tem conta as vezes que bebeu o cálice da amargura até a última gota; incontáveis os atos de paciência e resignação que praticou, as lágrimas ardentes que derramou... Injuriada sem motivo, não tinha uma palavra de ressentimento; espancada, não se queixava e era tão obediente que nem à Igreja ia sem a permissão de seu brutal marido. A mansidão, a docilidade e prudência da esposa, porém, suavizaram aquela rude impetuosidade, conseguindo transformar em manso cordeiro aquele leão furioso. Com que eloqüência ensinava às suas vizinhas casadas o modo de manter a paz e a harmonia com seus esposos. Elas, admiradas por nunca terem visto divergências em casa de Rita, iam com freqüência consolar-se com ela e expor os dissabores e ultrajes que recebiam de seus maridos. À imitação de Santa Mônica, Rita lhes respondia: "lembrai que, desde o momento em que recebemos nossos esposos, como maridos, os aceitamos como nossos donos e senhores, e assim lhes devemos amor, obediência e respeito, pois isto significa ser casadas! Notai que não tem menos culpa a mulher que fala mal de seu marido do que o marido que, com incorreto proceder, dá ensejo à mulher para que fale mal". Por isso, não permitia que em sua presença se murmurasse dos defeitos alheios. Por este meio conseguiu desterrar de muitos o péssimo costume de falar mal dos outros. Encontrou sua fortaleza em Jesus Cristo, em uma vida de oração, sofrimento e silêncio. Tiveram dois gêmeos, os quais tiveram o temperamento do pai. Rita se preocupou e orou por eles. Depois de vinte anos de Matrimônio e oração por parte de Rita, o esposo se converteu, lhe pediu perdão e lhe prometeu mudar sua forma de ser. Rita perdoa e ele deixa sua antiga vida de pecado e passava o tempo com Rita nos caminhos de Deus. Isto não durou muito, porque enquanto seu esposo havia se reformado, não foi assim com seus antigos amigos e inimigos. Uma noite Paolo não chegou em casa. Antes de sua conversão isto não teria sido estranho, mas no Paolo reformado isto não era normal. Rita sabia que algo havia ocorrido. No dia seguinte, o encontraram assassinado. Sua pena foi aumentada quando seus dois filhos, que eram maiores, juraram vingar a morte de seu pai. As súplicas não conseguiram dissuadi-los. Foi então que Santa Rita, compreendeu que, mais vale salvar a alma que viver muito tempo, rogou ao Senhor que salvasse as almas de seus dos filhos e que tirasse suas vidas antes que se perdessem para a eternidade por cometer um pecado mortal. O Senhor respondeu a suas orações... Os dois padeceram de uma enfermidade fatal. Durante o tempo de enfermidade, a mãe lhes falou docemente de amor e do perdão. Antes de morrer conseguiram perdoar aos assassinos de seu pai. Rita esteve convencida de que eles estavam com seu pai no céu.



A paranormalidade estava presente em sua vida e muitos acontecimentos foram atribuídos a ela.

Meditava sobre a paixão de Cristo, chegando a ter na fronte um sinal (uns dizem ser a coroa de espinhos, outros afirmam tratar-se do sinal-da-cruz). Na arte, é representada com o crucifixo nas mãos.

Vida Religiosa
Ao estar sozinha não se deixa vencer pela tristeza e pelo sofrimento. Santa Rita quis entrar no Convento com as irmãs Agostinianas, mas não era fácil conseguir. Não queriam uma mulher que havia estado casada. A morte violenta de seu esposo deixou uma sombra de dúvida.Ela se voltou de novo a Jesus em oração.Ocorreu então um milagre. Uma noite, enquanto Rita dormia profundamente, ouviu que a chamavam: Rita, Rita, Rita! Isto ocorreu três vezes, a terceira vez Rita abriu a porta e ali estavam Santo Agostinho, São Nicolau de Tolentino e São João Batista de qual ela havia sido devota desde muito menina. Eles lhe pediram que os seguissem. Depois de correr pelas ruas de Roccaporena; No pico de Scoglio, onde Rita sempre ia orar sentiu que a levantaram no ar e a empurravam suavemente. Encontrou-se acima do Monastério de Santa Maria Madalena em Cássia. Então caiu em êxtase. Quando saiu do êxtase se encontrou dentro do monastério embora todas as portas estivessem trancadas, ante aquele milagre as monjas Agostinianas não puderam negar-lhe entrada. Finalmente aceita na ordem, consta que ali teria plantado uma roseira (ainda existente), que todos os anos dá flores em pleno inverno. É admitida e faz a profissão esse mesmo ano de 1417, e ali passa 40 anos de consagração a Deus.

Beijos e vou escrever mais sobre Santa Rita hoje.

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