segunda-feira, 26 de outubro de 2009

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"... de preciosidades como você não se esquece,minha amiga.Amigos são assim.Os verdadeiros. Amigos são o que são pela leveza da desobrigação do encontro."

Na vida buscamos o aconchego das pessoas, todos nós. Não há felicidade sem o calor da lenha.Sem o colo. Mesmo aqueles que têm vergonha de viver e que não revelam os seus sentimentos querem colo.Macabéas de Clarice era assim,monossilábica,murcha, mas grávida de um futuro ou de uma felicidade. Vida triste essa que rouba prematuramente o direito do nascituro. Ela não viu o desejo realizado de ser estrela. Mas, que o desejo é esse? Ser estrela?

Talvez seja este outro medo contemporâneo: o medo de não dar certo na vida. Verificamos timidamente a glória alheia e lamentamos o nosso tosco fracasso. Mesmo sem entender o que é o fracasso, olhamos lacrimosos dos sem-número de sorrisos na face da vitória que mora no outro quarteirão. Sabemos pouco dos dissabores até porque essa sociedade líquida nos"ensina a esconder o que é denso.E a densidade está na dor, na dúvida, na recordação na essência.Percorremos sem obstáculos as aparências, as dos outros e as nossas. E trancafiamos em algum porão tanto a nossa essência como as lentes de amor que nos fazem compreender o outro além do sorriso ensaiado. Que fiquem bem claro que não sou contra o sorriso, muito pelo contrário. O sorriso enfeita qualquer relação mesmo as fluidas dos encontros sem rezão das andanças da vida.

Ah! Estou triste... Nem sei direito sobre o que quero escrever...

Vou deixar pra fazer isso outro dia.

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